Pois bem, essa “intervenção” de um Poder no outro fez surgir a expressão “ativismo judicial“. E o que seria esse ativismo judicial?

Diferente do Executivo e do Legislativo, o Poder Judiciário, no geral, somente age mediante provocação. Afinal, sua função principal é interpretação das leis e a resolução de conflitos. O Judiciário age quando há um problema que precisa ser solucionado.

Por exemplo, no caso de um acidente de trânsito envolvendo dois carros. De quem é a culpa? Quem tem que pagar? Se as pessoas não conseguirem resolver essas questões sozinhas, o Judiciário terá de encontrar uma solução.

Com essa postura naturalmente mais “passiva”, confunde-se o “protagonismo judiciário” com alguma forma de “ativismo”.

O professor Rodrigo Pires da Cunha Boldrini, professor doutor de Direito Constitucional da Faculdade Max Planck, de Indaiatuba (SP), diz que é preciso distinguir alguns conceitos.

Portanto, o protagonismo judiciário – criticado como forma de “ativismo” – é um elemento que simplesmente existe em nossa democracia e na nossa ordem constitucional. O ponto é saber lidar com tal protagonismo, até que ponto ele é necessário e onde entra o ego individual dos membros do Judiciário.

Fontes: “Garantia de Direitos e Separação dos Poderes”, Rodrigo Pires da Cunha Boldrini; “Curso de Direito Constitucional Contemporâneo”, Luís Roberto Barroso

Mas o que é o TSE? E onde ele se encontra no sistema judiciário brasileiro?

A Constituição de 1988 definiu uma estrutura geral para o Poder Judiciário, diluindo o poder em uma série de órgãos –essa divisão está entre os arts. 96 a 126 da Constituição.

E tal diluição é saudável! Afinal, essa divisão de competências em várias estruturas é uma maneira de evitar arbitrariedades e abusos de poder.

Deu pânico? Tem coisa demais? Calma, aos poucos a gente explica um por um.

Por enquanto, vale destacar que o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, é o órgão máximo da Justiça Eleitoral e suas decisões são irrecorríveis (segundo o art. 121, § 3º da Constituição).

Chamada de “Constituição Cidadã” pelo presidente da Constituinte, Ulysses Guimarães, nossa atual Constituição fará 30 aninhos em 2018.

Não é muita coisa se comparada à Constituição dos EUA, criada em 1787 e que permanece a mesma (com algumas tantas emendas, claro) até hoje.

Mas, afinal das contas, o que é e para que serve a Constituição?

E é possível? Claro que sim!

A constituição, no art. 101, elenca quatro requisitos. Entenda quais são e saiba como é o caminho para se tornar ministro, da indicação à posse.

Agora que todo mundo já é mestre em STF, eu prometo: este será o último post desta série sobre o Supremo Tribunal Federal.

Falamos sobre as principais funções do Supremo e já fizemos até um vídeo explicando tudo o que importa sobre o tribunal.

Deixe comentários com sugestões para os próximos temas.

Nada tema. O autor deste nobre blog explica, em vídeo, qual impacto do Supremo no dia a dia dos brasileiros e porque é importante ficar de olho nas decisões do tribunal.

Eu já falei por aqui o que faz um ministro do Supremo e por que o tribunal é importante.

E, na Folha de hoje, tem mais material visual sobre o Supremo. Um guia dos ministros que passaram pelo tribunal nos últimos anos e qual costuma ser a idade média de escolha dos integrantes do STF. Vale a visita: http://arte.folha.uol.com.br/poder/2017/03/22/novato-no-supremo/

O Supremo Tribunal Federal, ou simplesmente STF, está no topo da organização da nossa Justiça.

Mas e daí? Porque isso importa? Isso mexe com a minha vida?

Mexe sim! Para mostrar por que o Supremo é tão importante, vamos explorar suas duas funções mais “midiáticas”: a de guardião da Constituição e sua atuação na área penal.

Isso tudo é taxativo? É sempre assim que funciona?

Nem sempre. Essas são apenas as regras gerais. Há exceções – por exemplo, no caso de crime de responsabilidade conexo com o de alguma das autoridades da primeira lista. E a própria jurisprudência do STF vive mudando, não ouso ser muito taxativo com direitices #medo

E o STF tem outras funções? Tem sim. Vale mencionar: intervenção nos Estados (basicamente para assegurar o cumprimento de lei federal), extradição solicitada por Estado estrangeiro, dentre outras.