Há mais justiças entre o céu e a terra…

Por Lucas Tófoli Lopes

Aproveitando o gancho do post anterior, vale complementar com mais algumas coisinhas o tema das representações da justiça na cultura.

1. Tipicamente nos povos antigos, o conceito de justiça é associado a figuras femininas;

2. Entretanto, na época romana, o direito é tipicamente masculino. As instituições pretorianas são basicamente formadas por homens (pretor era uma espécie de magistrado; o cargo só era exercido por homens). “Ius”, a palavra que significa “direito”, é um substantivo masculino – na real, na Grécia, os juízes já eram todos homens. De qualquer maneira, a discussão de gêneros é bem interessante;

3. Em resumo, hoje, nosso direito é masculino, mas a justiça é uma mulher-cega-com-espada-e-balança. E esse símbolo é bem forte, quase como se não houvesse nenhum outro;

4. Mas há outros símbolos sim. Um deles é quase o oposto da deusa grega. Apresento-lhes Xangô.

 

(Infográfico: Lucas Tófoli Lopes/Direito ao Ponto)